Operação de retirada de óleo do Vale Beijing deve começar hoje

27-12-2011 14:51

Previsão é da Capitania dos Portos, que divulgou na tarde de ontem uma nota à imprensa na qual explicou os motivos do atraso na intervenção

A empresa holandesa Smit, contratada pela STX Pan Ocean para fazer as intervenções no navio Vale Beijing, pediu na manhã de ontem para a Capitania dos Portos do Maranhão um prazo de 24 horas para iniciar a remoção de óleo do graneleiro. A companhia alegou que seria necessário substituir as defensas (proteção de borrachões disposta na área externa da balsa), para realizar a manobra com maior segurança. As defensas amenizam o impacto da balsa com ondas ou outros obstáculos no mar. A previsão, segundo a Capitania, é de que a operação seja realizada na tarde de hoje.

Na semana passada, a Smit realizou uma simulação de estado de emergência, com o teste do sistema Current Buster, que será utilizado durante as operações de retirada de combustível e remoção interna de carga. A simulação foi uma exigência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que queria as garantias de segurança para autorizar a manobra. Até a tarde de ontem, o órgão não havia sido notificado sobre a remoção de óleo.

De acordo com o capitão-de-Mar-e-Guerra, Nelson Calmon Bahia, a Smit pediu o adiamento para realizar a operação, em vista da necessidade de intervir na balsa que será utilizada na manobra. A Smit trocou as defensas da balsa por outras mais novas e mais resistentes. "As borrachas que ficam em volta da embarcação, que já está atracada em Porto Grande, serão reforçadas especificamente para esta operação. A previsão é de que na tarde de amanhã [hoje], as bombas de sucção comecem a retirar o óleo do navio", disse.

Ele adiantou que até ontem, não houve qualquer tipo de alteração nas avarias do graneleiro e que a situação permanecia sob controle. Uma equipe da Capitania dos Portos vistoria diariamente a embarcação.

A manobra de retirada de 2,5 mil toneladas de óleo diesel e óleo bruto do navio é considerada complexa e será feita em etapas. Após a estabilização do navio com o nivelamento das águas de lastro, uma balsa será ancorada ao lado do Vale Beijing para o acionamento de equipamentos no graneleiro. Depois, o óleo será retirado aos poucos por meio de bombas de sucção para a balsa. Também está sendo planejada a remoção interna de parte da carga do navio. A ideia da empresa sul-coreana STX Pan Ocean é diminuir o peso do graneleiro e fazer o reparo ainda na Baía de São Marcos.

Simulação - Na semana passada, a Smit colocou em operação o sistema Current Buster. A simulação, acompanhada pelos órgãos fiscalizadores, foi considerada um sucesso. Na quinta-feira, o navio havia sido removido da área de fundeio número seis do Porto do Itaqui, para a de número três, onde as águas são mais claras e será possível verificar as avarias, com a utilização de um escâner marinho.

A simulação foi considerada o último passo para a autorização do processo de retirada de óleo do navio. Para a manobra, foram utilizadas duas embarcações de pequeno porte e uma faixa de isolamento (boias) que poderão ser acionadas em caso de vazamento de óleo ou derramamento de minério de ferro no mar. Também foi utilizada uma terceira embarcação que tem a capacidade de fazer a remoção de óleo eventualmente derramado no mar.

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Para a operação, que envolve também a prevenção a danos ambientais, o Ibama espera contar com pelo menos 10 embarcações. Duas Current Buster (cada barreira tem três embarcações, totalizando seis barcos), mais dois botes, um catamarã e um barco de apoio. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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