Os navios na baía

16-03-2011 14:49

 

Ao final da tarde de ontem, levantamento feito pela Editoria de Portos revelou que 31 navios estão fundeados na Baía de São Marcos à espera de vez para operações de carga e descarga no Complexo Portuário do São Luís, que reúne os portos do Itaqui, administrado pela Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap); o Terminal da Ponta da Madeira, operado pela Vale e por onde é escoada a produção de ferro da Serra de Carajás e exportado para todos os continentes; a Ponta da Espera, onde operam os ferry-boats; e, finalmente, Porto da Alumar, por onde entra a matéria-prima usada na produção de alumínio e alumina.

Tantos navios fundeados nas imediações do complexo portuário são a evidência de que o processo econômico está em pleno andamento no Brasil e no mundo e que o Maranhão é parte ativa desse processo. Pelo complexo portuário, chega o trigo que alimenta o moinho e abastece todo o Maranhão; por ali chega o combustível que a partir de São Luís é distribuído para toda a região, assim como o gás natural que chega a todas as residências do estado. É por aquele complexo que a Vale exporta todo o minério de ferro que extrai de Carajás, assim como também a Alumar recebe bauxita, que transforma em alumínio e alumina, abastece parques industriais em todo o planeta, parte da soja produzida no Centro-Oeste o ferro-gusa e as pelotas produzidas no crescente parque siderúrgico do estado.

A importância do Complexo Portuário de São Luís vai muito além. Por ele entram e saem do Maranhão centenas e centenas de itens que alimentam o comércio e a indústria do estado. Isso sem falar que a região portuária é porta de entrada e de saídas para a Baixada Ocidental e outras regiões do estado. E, mais ainda, é o dado essencial em todos os grandes projetos de investimentos que estão a caminho do Maranhão. Não há um só empreendimento de grande, médio ou pequeno porte que não tenha no Complexo Portuário como a principal referência para o escoamento da produção.

Não surpreende, portanto, que a Baía de São Marcos, área antes trafegada por pequenos barcos que fazem a ligação de São Luís com o resto do litoral maranhense, seja agora “pátio de estacionamento” de imensos cargueiros e graneleiros – com o privilégio de que um deles, o Berg Sthal, considerado o maior do mundo na sua categoria, foi construído para transportar minério de ferro entre São Luís e Roterdã -, que chegam de todas as partes do país e de todos os continentes, trazendo e levando riquezas e ampliando a participação do Maranhão nesse bolo. Eles dão certeza consolidada de que nosso estado está no mapa da economia brasileira e mundial.

 

(Fonte: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.746, Opinião - pág. 04)

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