Panorama Econômico: De alto risco

14-08-2012 08:18

Investimento de exploração de petróleo é sempre de muito risco, ainda mais em águas profundas ou ultraprofundas. Os insucessos (poços secos ou não comerciais) no caso da Petrobras, contabilizados trimestralmente como prejuízo, eram da ordem de R$ 500 milhões. O valor aumentou para R$ 900 milhões no primeiro trimestre deste ano e no segundo deu um salto para R$ 2,7 bilhões. É possível que os insucessos já estivessem acumulados, sem serem levados antes a prejuízo, e a diretoria resolveu passar a borracha de uma vez, chamando a atenção do governo para a defasagem dos preços dos combustíveis no mercado doméstico, que continuam abaixo dos parâmetros internacionais. Com isso, a empresa perde receita e não consegue manter investimentos.

Os testes de longa duração realizados até agora nos campos descobertos no pré-sal, na Bacia de Santos, têm dado excelentes resultados. Fora do pré-sal, só um poço (em Marlim, Bacia de Campos), chegou a produzir tantos barris de petróleo por dia como os do campo de Lula (ex-Tupi), na Bacia de Santos. No entanto, cada poço perfurado no pré-sal custa caríssimo. O aluguel diário de uma sonda beira a casa de US$ 1 milhão. Quando o poço lá é declarado comercial, a Petrobras e seus parceiros soltam foguetes. Mas quando há um insucesso, é pancada feia no balanço.

Os investimentos previstos para a exploração no pré-sal são crescentes, para a produção aumentar. O eventuais insucessos podem também se multiplicar. Não se sabe mais se os prejuízos retornarão ao patamar de R$ 500 milhões trimestrais ou se ficarão faixa de R$ 1 bilhão nos futuros balancetes da Petrobras.

Métodos mais modernos

A indústria de construção civil hoje é mais ágil, desperdiça menos tempo e materiais. Mas essencialmente os métodos construtivos pouco mudaram em relação há quarenta ou trinta anos. Era mais fácil não mudar porque havia abundância de mão de obra para a construção. Já não é mais assim. As empresas às vezes têm que parar obras por falta de quem as toque para frente. Os salários subiram e o que a indústria mais precisa no momento é aumentar sua produtividade, para reduzir custos e lucrar mais. Os centros de formação de profissionais para o setor são acanhados. No Rio, por exemplo, por iniciativa de um grande incorporador (Carvalho Hosken), o Senai abriu uma unidade voltada para a construção civil, que poderá formar 700 pessoas por ano, pouco para a necessidade da indústria local, que vem disputando mão de obra também com empresas de construção pesada. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção.está elaborando um programa para que o Brasil adote métodos construtivos assemelhados aos de economias mais desenvolvidas.

Ainda no Vale do Café

Para estimulá-los a conhecer a região e assistir ao Festival do Vale do Café em 2013 (segunda quinzena de julho): no penúltimo dia do evento este ano, o violonista Turíbio Santos - também diretor artístico - tocou com a soprano Carol McDavit e convidados, passeando pelo baião de Luiz Gonzaga, num encontro da música popular com o clássico. Como cenário, a fazenda histórica São Fernando, em Massambará, distrito rural de Vassouras, que foi o centro da produção brasileira de café nos meados do século XIX. O nome da fazenda se deve ao primeiro proprietário (Fernando Werneck). Lá não se produz mais café, mas a sede virou quase um museu, depois de restaurada pelo atual proprietário, Ronaldo Cézar Coelho. Com sorte, consegue-se visitá-la . Mas o entorno, onde os músicos se apresentam, é igualmente primoroso.

Milhões, bilhões de remédios

A GlaxoSmithKline (GSK) tem uma fábrica moderna em Jacarepaguá com capacidade para manufaturar 300 milhões de unidades farmacêuticas por ano. Cerca de 70% de sua capacidade já estão ocupadas e ao ritmo atual de crescimento em dois os três anos a empresa chegará a seu limite, pois a perspectiva é que o Brasil suba da sétima para a quarta posição no mercado mundial de medicamentos (atrás somente dos Estados Unidos, da China e do Japão). Como a competição dos chamados genéricos é muito forte no país, segmento que não atua, a GSK reviu sua política de preços para baratear algumas linhas de medicamentos, e tem sido bem-sucedida pois já é o quinto maior laboratório farmacêutico em volume de vendas no Brasil. Em parceria com a Farmaguinhos (FioCruz), produz vacinas, mas suas vendas para o governo não passam de 30% do total das receitas, percentual inferior ao da maioria dos grandes laboratórios.

 

(Fonte: O Estado do Maranhão)

                                                                                    

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