Petrobras vai construir mais um berço no Itaqui

20-10-2011 09:12

A Petrobras está negociando com a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) a construção e o arrendamento do berço 108 do Porto de Itaqui para a movimentação de granéis líquidos, como derivados de petróleo. A informação é do secretário-executivo da Secretaria Especial de Portos (SEP), Mário Lima, que palestrou ontem no Pernambuco Petroleum Business, que será encerrado hoje em Ipojuca (PE). A Emap, porém, não confirma as negociações.

O contrato de arrendamento da área deve ter validade de 25 anos, podendo ser renovado pelo mesmo período. O berço será operado pela Transpetro, braço logístico da petroleira. Atualmente, todos os berços públicos do Itaqui podem operar derivados de petróleo. No entanto, os berços 104 e 106 são os que mais recebem combustíveis da Petrobras.

As empresas do sistema Petrobras e a Emap estudam agora um processo de individualização da operação de derivados no Itaqui. Ainda não há prazo para a conclusão dos estudos.

A Petrobras deve utilizar a área para exportar derivados produzidos pela refinaria Premium I, que está sendo construída no município de Bacabeira. A unidade está na fase de terraplanagem. As obras estão a cargo da empresa mineira Fidens. Orçada em US$ 20 bilhões, a Refinaria Premium I terá capacidade de refino de 600 mil barris/dia e inauguração prevista para 2014.

Licitação - Em junho deste ano, a Emap anunciou que, inicialmente, a licitação do berço 108 do Porto do Itaqui seria realizada pela Secretaria Especial de Portos (SEP) e o gerenciamento da construção do atracadouro também ficaria a cargo da instituição. Posteriormente, o presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, havia afirmado que tentava articular junto à SEP, com o apoio do Governo do Estado, a confirmação do aporte de R$ 80 milhões a serem investidos na construção de um novo berço exclusivo para granéis líquidos e a prerrogativa de conduzir todo o processo licitatório, previsto para meados de agosto, além de todo o gerenciamento da obra.

Na época, Fossati havia afirmado também que a consolidação do novo berço iria alavancar a capacidade de operação com granéis líquidos do Porto do Itaqui. Uma audiência com o ministro Leônidas Cristino (SEP) aconteceu em Brasília (DF), naquele mês, e contou com a participação de deputados da bancada maranhense e de representante do Governo do Estado no Distrito Federal, Marco Antônio Taccolini.

O berço 108, dedicado para granéis líquidos, vai movimentar de 3 milhões a 4 milhões de toneladas por ano, o que significará um aumento de cerca de 40% na capacidade operacional do Itaqui. Esse tipo de carga corresponde hoje a mais de 50% das movimentações totais no porto maranhense.

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O novo berço do Itaqui representa a geração de mais oportunidades de investimento na área de derivados de petróleo com a ampliação do parque de tancagem. Cenário favorável para a expansão das empresas como o que já acontece com o Terminal Marítimo do Maranhão (Temmar) e a Odfjell Terminals (Granel Química) que já operam no porto. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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