Petrobras pode aumentar fatia em empresas de etanol, diz Gabrielli

18-08-2011 10:34


Estratégia está atrelada à possibilidade construção de plantas próprias. Estatal tem participação nas empresas São Martinho, Total e Guarani

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou nesta quarta-feira (17) que a companhia poderá aumentar a participação societária em empresas produtoras de etanol no país. Segundo o executivo, esta seria uma estratégia, atrelada à possibilidade construção de plantas próprias de produção, para ampliar a participação 5,3% para 12% na produção nacional de etanol até 2015.

O executivo citou três empresas em que a estatal tem participação: São Martinho, Total e Guarani. Gabrielli disse, inclusive, que a São Martinho vai anunciar hoje "alguma coisa positiva na área de etanol". Ele não deu detalhes ao alegar que empresa mencionada tem ações em bolsa e somente poderia comentar após o fechamento do mercado.

"Temos participação na São Martinho e na Guarani, também na Total. Podemos aumentar essa participação em outras áreas, podemos ampliar os investimentos nestas duas empresas e podemos construir plantas novas da Petrobras. Todas estas possibilidades existem" disse Gabrielli ao sair de audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo ele, os reforços na produção de etanol são importantes para estabilização do preço da gasolina. Ele responsabilizou os problemas climáticos de 2008 que comprometeram a plantações de cana-de-açúcar no Brasil e na Índia, principais produtores mundiais de etanol e açúcar, pela elevação do preço da gasolina. Esta situação elevou a demanda do país por gasolina no ano passado em 19%.

Ao ser questionado sobre as medidas para estocagem, Gabrielli classificou a necessidade de formação de estoque para regular o mercado é um problema secundário. "O grande problema não é a estocagem, mas a quantidade de cana produzida", afirmou.

A Petrobras Biocombustível prevê investir 30% do orçamento de US$ 1,9 bilhão que dispõe para etanol - ou cerca de US$ 570 milhões - em aquisições no setor, afirmou o presidente da subsidiária, Miguel Rossetto, na semana passada.

Refinarias

Para o presidente da Petrobras, as novas refinarias previstas para serem concluídas em 2017 não vão garantir a autossuficiência na produção de gasolina, suprindo apenas as demandas de diesel e querosene de avião. Somente as refinarias que serão concluídas em 2019 poderão garantir a produção de gasolina pura (sem álcool na mistura) capaz de atender o mercado interno em 2020 - quando de dois terços a três quartos da frota de veículos terá motores abastecidos a álcool e gasolina (motor)

Gabrielli ressaltou que este plano somente poderá ser cumprido se não houver problemas na produção de cana-de-açúcar. (Fonte: O Imparcial)

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