Pirataria e contrabando serão debatidos pela Fecomércio

21-04-2012 11:59

 

Em 2011, o país deixou de arrecadar R$ 70 bilhões por causa desse comércio ilegal; crescimento do consumo preocupa.

O crescente desenvolvimento do comércio ilegal em São Luís, e no Brasil, tem sido uma preocupação constante para consumidores, administradores públicos e empresários. Só em 2011, o país deixou de arrecadar

R$ 73,4 bilhões por causa da pirataria. Com preços convidativos, o mercado dos ilegais conquista novos consumidores a cada ano. O crescimento anual do consumo de produtos piratas no Brasil chega a 5%. Em números reais, são 70 milhões de novos consumidores ao ano.

Com base nessa situação, na próxima quinta-feira a Fecomércio-MA realizará um ciclo de debates sobre o comércio ilegal em São Luís com o tema Comércio ilegal: concorrência desleal, no auditório da Fecomércio-MA, na Rua do Outeiro, Centro, a partir das 19h. A entrada é gratuita e aberta ao público em geral.

Foram convidados para os debates o Ministério Público do Maranhão, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Planejamento (Blitz Urbana), a Polícia Federal e a Receita Federal.

"O brasileiro precisa entender os perigos do consumo de itens ilegais para sua própria saúde, para a saúde da sociedade e para a economia local. E, para que ele entenda isso, precisamos gerar ambientes de discussão que sejam favoráveis à compreensão dos problemas reais que o comércio ilegal traz à população", conclui José Arteiro.

Números - A pirataria tem números significativos que afetam diretamente a população. De acordo com dados de pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria, os R$ 73,4 bilhões que deixaram de ser arrecadados significam que mais de 4,5 milhões de empregos formais deixaram de ser criados.

Diversos setores da indústria já sofreram prejuízos depressivos em decorrência da ilegalidade. Com a indústria em crise, o comércio segue o mesmo caminho.

Empresários do centro da capital, como o presidente do Sindicato de Óticas e Joalherias do Maranhão, Antônio Josiel Sousa, sentem-se prejudicados pela concorrência dos piratas instalados a poucos metros das lojas.

"O nosso ramo é um dos mais prejudicados. As réplicas são muito parecidas com os originais e os preços são muito chamativos. O consumidor se descuida em relação à qualidade e esquece os perigos aos quais se expõe. Esses tipos de óculos causam doenças irreversíveis à visão, como descolamento da retina, diplopia (imagem duplicada), dor de cabeça e cegueira", alerta Antônio Josiel, que reclama também da falta de fiscalização do governo em relação à entrada de produtos ilegais no país. "Esses produtos vêm da China de navio. Como a fiscalização deixa esses produtos entrarem?", questiona.

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Entre os produtos piratas mais procurados, encabeçam a lista do estudo os CDs (81%), DVDs (76%), roupas (11%), óculos (10%) e calçados, bolsa ou tênis (7%). (Fonte: O Estado do Maranhão)

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