Porto do Itaqui cresce no ranking ambiental da Antaq
Agência reguladora do setor aquaviário avaliou a gestão ambiental de 30 portos públicos do país e colocou o Itaqui na quarta posição no quadro geral.
Dos 30 portos organizados avaliados anualmente, o Porto do Itaqui subiu da 5ª para a 4ª posição no Índice de Desempenho Ambiental (IDA) da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), com sede em Brasília (DF). Em breve, esses indicadores de gestão ambiental deverão servir de referência para a decisão de negócios na área portuária e ainda estabelecer, pela Antaq, um padrão de fiscalização e regulação do setor.
De acordo com Luiz Carlos Fossati, presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Itaqui, a estatal colocou a gestão ambiental como um dos temas centrais das nossas ações de crescimento sustentável visando posicionar o Itaqui entre os 10 melhores do mundo nos próximos 20 anos.
O Itaqui é o 4º no ranking geral e o 1° entre os portos localizados no Norte, Nordeste e Sudeste do país, perdendo apenas para os portos de Itajaí e Imbituba, em Santa Catarina; e Rio Grande, no Rio Grande do Sul. A título de comparação, o porto de Santos, em São Paulo, e o de Paranaguá, no Paraná, ocupam a 13ª e 21ª posições, respectivamente. "Essa conquista é resultado dos investimentos na área nos último três anos", ressaltou Fossati.
Posição - O IDA possui quatro categorias: econômico-operacional, físico-químicos, biológicos-ecológicos e sociológicos-culturais, com 38 indicadores específicos distribuídos entre eles. Nesta última categoria, o porto maranhense teve a sua melhor avaliação: 83,3 pontos do total de 100. O Itaqui avançou especialmente no que diz respeito à promoção de ações de educação ambiental, ao gerenciamento de resíduos e ao monitoramento da fauna e da flora.
A Emap mobilizou seus funcionários e de empresas terceirizadas visando à redução do consumo e do desperdício. Kits com caneca e sacola de tecido para uso em supermercados foram distribuídos aos trabalhadores e o resultado foi a diminuição em 30% no consumo de copos plásticos. A meta é atingir a redução de 50% até o fim do ano. Isso significa, consequentemente, menor geração de lixo. Ações de educação ambiental também foram estendidas às comunidades do Cujupe, em Alcântara, e da área Itaqui-Bacanga, em São Luís, por meio do Projeto Emap na Comunidade.
No que se refere ao monitoramento de espécies animais e vegetais, a Emap realiza por meio de convênio firmado com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) o resgate de exemplares da fauna e da flora, planeja sua exposição futura aos estudantes e à comunidade em geral, assim como já realiza pesquisas científicas importantes para garantir que o porto seja sustentável também do ponto de vista ambiental.
De olho no futuro, tanto os negócios em andamento quanto os empreendimentos que ainda serão instalados no Itaqui já dispõem de licenciamento obtido junto aos órgãos competentes. É o caso do armazém de pellets e celulose, negócio para o qual a Emap recentemente realizou audiência pública. A licença de instalação tem validade até 2014.
Também o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), que se encontra na fase de análise de projeto executivo elaborado pelas empresas consorciadas, também já possui licença de instalação."Com isso, sinalizamos para o mercado e para a sociedade não apenas o nosso empenho em cumprir a legislação, mas em promover um crescimento sustentável do Porto do Itaqui", frisou Fossati.
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O Índice de Desempenho Ambiental (IDA) para os portos organizados foi desenvolvido pelo Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (CEFTRU), da Universidade de Brasília (UnB), sob a coordenação da Gerência de Meio Ambiente (GMA) da Antaq. Inicialmente, o novo indicador medirá a qualidade da gestão ambiental dos portos organizados, mas no futuro deverá ser estendido aos terminais de uso privativo (TUP), alcançando 100% das instalações portuárias brasileiras. (Fonte: O Estado do Maranhão)