Portos do Japão podem passar meses inativos

15-03-2011 14:49

 

TÓQUIO - Portos pelos quais transitam até 7% da produção industrial do Japão sofreram graves danos em conseqüência do terremoto de magnitude 8,9 e do tsunami da semana passada, causando prejuízos de bilhões de dólares, segundo representantes do setor. Os portos também são importantes para o país receber ajuda externa, matérias-primas e bens destinados à reconstrução das áreas devastadas.

O desastre que matou até 10 mil pessoas afetou especialmente portos que embarcavam contêineres para indústrias como Hitachi e Daikin. Os portos de Hachinohe, Sendai, Ishinomaki e Onahama, na costa nordeste, devem passar meses ou até anos inoperantes devido ao terremoto.

Os portos de Tóquio e de todas as localidades ao sul estavam operando normalmente depois de interromperem brevemente suas operações após o sismo de sexta-feira. A paralisação dos portos deve causar prejuízos de US$ 3,4 bilhões por dia devido ao cancelamento de embarques. Em 2010, o comércio marítimo do Japão, terceira maior economia mundial, totalizou US$ 1,5 trilhão.

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O terremoto no Japão deve afetar o mercado global de embarque por via marítima de minério de ferro, uma vez que grandes siderúrgicas podem paralisar as atividades por até seis meses. As unidades Muroran e Kimitsu, da Nippon Steel Corp; Chiba e Keihin, da JFE holding Inc; e Kashima, da Sumitomo Metal Industries; na Baía de Tóquio - sofreram danos estruturais e seus portos estão inoperantes. Calcula-se uma queda de 22,2 milhões de toneladas da commodity no mercado marítimo. O minério de ferro é o principal produto de exportação do Maranhão.

 

(Fonte: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.745, Portos - pág. 08)

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