Portos vão movimentar um bilhão de toneladas

06-01-2012 08:43

Estimativa supera em 12,3% o resultado obtido em 2011 nos portos brasileiros

RIO - Em 2012, os portos brasileiros devem movimentar, pela primeira vez, um bilhão de toneladas em cargas, 12,3% mais que no ano passado, segundo estimativa da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Na esteira deste número recorde, muitas mudanças devem ocorrer: o Rio, por exemplo, tende a alcançar a liderança no ranking dos estados com maior movimentação de carga marítima, desbancando o Espírito Santo.

Hoje, ele ocupa o segundo lugar, seguido por São Paulo. Parte deste crescimento se deve aos investimentos que voltaram ao setor. Diversas empresas anunciaram novos terminais, como os portos Sudeste, em Itaguaí, e Açu, no Norte Fluminense, ambos do grupo de Eike Batista, além de projetos da Petrobras, da Gerdau e da CSN.

"Há um bom momento para o setor, que ganhou investimentos privados depois que o governo realizou uma grande frente de dragagem. Vemos avanços em todas as áreas, mas o crescimento maior é na movimentação de contêineres, que levam produtos com maior valor agregado. Se o bilhão de toneladas não for atingido em 2012, será por pouco. Também acredito que para o Rio assumir a liderança nacional é uma questão de tempo, devido a diversos projetos industriais e, principalmente, à exploração do pré-sal", afirma Fernando Fialho, diretor-geral da Antaq.

Leônidas Cristino, ministro dos Portos, confirma esse bom momento. Para ele, o cenário mudou a partir de 2005, quando o governo retomou os investimentos no setor.

Passada a fase de dragagem, Cristino afirma que o momento é de investir em gestão para "ampliar a capacidade dos portos sem a necessidade de novas obras. Estamos investindo mais de R$ 553 milhões em projetos de inteligência, como o Porto Sem Papel, o Carga Inteligente, que permite um acompanhamento de navios e caminhões, para que as cargas cheguem no momento certo aos terminais reduzindo os congestionamentos, monitoramento de navios e controle de resíduos dos portos", diz o ministro dos Portos.

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Atualmente, 61% da carga nacional são transportadas pelo modal rodoviário, 21% pelo ferroviário e 14% pelo aquaviário. Autoridades do setor marítimo estimam que até 2025 ter-se alcançado uma distribuição mais igualitária entre estes modais, entre 25% e 30%, deixando o restante para o dutoviário e aeroviário. Um dos pontos que merecem destaque é a navegação cabotagem, ou seja, a movimentação marítima de mercadorias entre portos brasileiros. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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