Portos vão ter programa para gestão de resíduos

20-08-2011 08:58


BRASÍLIA - A Secretaria de Portos (SEP) assinou um termo de cooperação técnica com a Coppe/UFRJ para implantar o programa Conformidade Gerencial de Resíduos Sólidos e Efluentes dos Portos, cujo objetivo é dar condições para que os portos brasileiros possam se adequar às exigências ambientais e da vigilância sanitária e agropecuária, relacionadas ao gerenciamento dos resíduos e efluentes. A iniciativa está contemplada nas ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem recursos previstos de R$ 16 milhões para primeira fase do trabalho, que inclui o diagnóstico, e terá duração de um ano. O programa deverá estar implementado em três anos.

De acordo com o diretor da SEP, Antonio Maurício Ferreira Netto, esta é uma das poucas ações previstas no PAC que não é uma obra de infraestrutura, mas uma política de Estado, que pretende incorporar aos portos ações e procedimentos sustentáveis para que possam conviver mais harmonicamente com as cidades e regiões onde estão inseridos.

Resíduos - Os portos são geradores de todo tipo de resíduo que, bem aproveitados, podem se transformar até mesmo em energia. Os passíveis de queima, por exemplo, podem produzir energia com processos tecnológicos diversos de baixo impacto ambiental e boa eficiência energética.

"Podemos prever que, num futuro próximo, os portos poderão se transformar em autoprodutores de energia e, em alguns casos, em produtores independentes, podendo inclusive vender o excedente para demandas externas, com recebimento de créditos de carbono. Com isso, espera-se atingir uma maior sustentabilidade econômico-financeira, o que tornará o passivo dos resíduos portuários em ativos para investidores", explicou o coordenador do programa, Marcos Freitas, professor da Coppe/UFRJ.

De tudo um pouco pode ser encontrado no porto: sucatas, entulhos, madeiras, material orgânico, cargas mal acondicionadas, material de escritório, material plástico, pilhas e baterias, lâmpadas, além do acúmulo de grãos e resíduos de cargas nos pátios devido ao acondicionamento e limpeza inadequados, durante carga e descarga para transporte ou armazenamento temporário. Há ainda as embarcações que transportam carga ou passageiros que geram outros tipos de resíduos: de cozinha, do refeitório, dos serviços de bordo, além dos contaminados com óleo, resultado das operações de manutenção do navio.

A coordenação do trabalho está a cargo do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe/UFRJ, com apoio do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (IVIG).

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O diagnóstico terá início neste mês em 22 portos instalados em 14 estados brasileiros. São eles: Itaqui (MA); Vila do Conde e Belém (PA); Fortaleza (CE); Natal (RN); Cabedelo (PB); Recife e Suape (PE); Maceió (AL); Salvador, Aratu e Ilhéus (BA); Vitória (ES); Rio de Janeiro e Itaguaí (RJ); São Sebastião e Santos (SP); São Francisco do Sul, Itajaí e Imbituba (SC); Paranaguá (PR); e Rio Grande (RS). (Fonte: O Estado do Maranhão)

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