Preparação da futura gestão de Roseana gera expectativa na classe política do MA
A classe política do Maranhão e suas principais lideranças demonstram otimismo e confiança no novo modelo administrativo que está sendo implementado pela governadora Roseana Sarney (PMDB). “O Maranhão mostrou a confiança em Roseana e cabe a nós, políticos, apoiar esta confiança”, diz o senador eleito João Alberto de Souza (PMDB). “Ela é dona da própria eleição, o que lhe dá legitimidade para implementar as mudanças que achar necessárias; nos cabe apoiar o governo”, completa o deputado federal Gastão Vieira (PMDB), reeleito para o quarto mandato.
Desde a vitória no primeiro turno, Roseana tem se cercado de um grupo de técnicos para trabalhar na montagem da nova estrutura do governo. Ela quer fortalecer o aspecto técnico e de especialização da nova administração, para garantir o sucesso do que ela própria classificou como “o melhor governo” de sua vida.
Neste aspecto, a governadora tem optado por restringir as informações a um grupo fechado de auxiliares, que a ajuda na montagem do novo governo, sem, no entanto, ouvir a classe política de todo o estado.
Nem mesmo a possibilidade da formação mais técnica do novo governo parece incomodar a classe política, embora as lideranças defendam a participação no debate. “A classe política tem que dar liberdade para que o governante tome as medidas necessárias à implementação de seus projetos administrativos. O governante, por outro lado, precisa ter sensibilidade para ouvir as sugestões e sabedoria para compreender os anseios dos políticos”, analisa o deputado estadual Joaquim Haickel (PMDB).
Para o também deputado estadual Ricardo Murad (PMDB) - o mais cotado para a presidência da Assembléia Legislativa -, Roseana sabe que tem uma base política imensa no Maranhão e saberá ouvi-la no momento certo. “As conversas ainda são informais. Ela não vai fazer um governo sem ouvir os políticos. Até porque todo governo é político”, disse o parlamentar.
Oposição - Mesmo as lideranças oposicionistas já se demonstram na expectativa em relação ao futuro governo. Para o presidente da Assembléia Legislativa, Marcelo Tavares (PSB), é obrigação de toda a classe política torcer pelo sucesso de qualquer governo. “Até porque o governo é de toda a população. Se for bom, será bom para todos os maranhenses. Se não for, quem sofre são os maranhenses”, ressaltou. Ele disse que, mesmo na oposição, tem condições de contribuir – de forma crítica – para o sucesso do governo.
Os oposicionistas também consideram a importância de iniciar logo as mudanças. “As alterações que ela está propondo têm que ser feitas logo agora, porque se trata de um governo de continuidade, que precisa ganhar tempo”, avaliou o deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB), cotado como um dos prováveis líderes oposicionistas na futura legislatura.
O que pensa a classe política
João Alberto, senador eleito: “Minha expectativa em relação ao governo é que tudo o que for bom para o Maranhão será bom para mim”.
Gastão Vieira, deputado federal: “Roseana é uma política experiente e está colhendo o que a população deseja: um governo técnico, harmônico e que dê resultados”;
Ricardo Murad, deputado estadual: “Roseana saberá ouvir sua base política no momento adequado. As conversas ainda são apenas informais, mas vão acontecer”.
Joaquim Haickel, deputado estadual: “O governante precisa ouvir os anseios da classe política que o apóia e sempre que possível atendê-los, mesmo que dentro dos limites de seu projeto administrativo”.
Marcelo Tavares, presidente da Assembléia: “Quando a governadora decide mudar, é porque reconhece que algo saiu errado. Se quer mudar, é no desejo de acertar, e isso é positivo”.
Rubens Pereira Júnior, deputado estadual: “Ela precisa implementar as mudanças o quanto antes. Até para fazer as correções de rumo no orçamento de 2011”.
Chico Carvalho, vereador e presidente do PSL: “Temos convicção de que os partidos aliados, que somaram esforços ilimitados para reeleger a governadora Roseana Sarney, terão o merecido espaço”. (Ed. 17.631; Primeiro Caderno; Política – pág. 03)