Problemas com Vale Beijing podem levar à revisão de normas técnicas

17-12-2011 10:46

Discussão foi levantada pela classificadora de riscos de embarcações brasileira RBNA, que defende o mesmo procedimento utilizado na aviação.

SÃO PAULO - O problema com o graneleiro Vale Beijing, que corre o risco de afundar no litoral do Maranhão, deverá servir de ponto de partida para revisão das normas técnicas de construção de grandes embarcações. É o que afirma Luiz Alberto de Mattos, diretor da classificadora de risco de embarcações brasileira RBNA. Segundo ele, assim como na aviação, a cada acidente, normas técnicas devem ser revistas para aumentar a segurança.

O fato de o Vale Beijing pertencer a uma nova classe de embarcações, de tamanho inédito, com capacidade para transportar até 400 mil toneladas de minério de ferro, só aumenta o impacto que as conclusões dos estudos sobre o problema em seu casco poderão ter.

Até o momento, nem a Vale, que encomendou o navio e o fretou por 25 anos, nem o construtor, o estaleiro sul-coreano STX, têm ideia do que aconteceu com o Vale Beijing. O que se sabe até o momento é que o navio apresentou rachaduras em seu casco quando estava sendo carregado com minério de ferro no Terminal Marítimo Ponta da Madeira (TMPM), no início do mês. Para a próxima semana, é esperada a chegada de um escâner submarino que seria capaz de identificar a dimensão e a localização exata da rachadura.

Mas até lá a única coisa que será feita com o supercargueiro será a retirada de 2,5 mil toneladas de óleo combustível, de um total de 7 mil toneladas. Há a expectativa também de que na próxima semana chegue a São Luís um guindaste flutuante para realocar 25 mil toneladas de minério de ferro no Vale Beijing para garantir mais estabilidade ao navio.

Um laudo detalhado do que ocorreu e quais as soluções para salvar o supercargueiro devem demorar 90 dias para serem concluídos. Com base no que for encontrado é que as normas técnicas de construção desses navios, batizados de Valemax, devem ser revistas.

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Pode acontecer até na segunda-feira a operação que tem por finalidade a retirada de 2.500 toneladas de combustível do Vale Beijing. Tudo dependerá da chegada da balsa de óleo, que será utilizada na intervenção. Após a sucção do óleo, a empresa Smit fará a remoção interna do minério de ferro, do porão 7 (avariado) para os porões 3 e 5. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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