Projeto canadense para exploração de termofosfato deve ser instalado no MA
Rio Verde Minerals encaminhou ao DNPM pedido para explorar reserva mineral no município de Cândido Mendes.
O Maranhão está em via de receber mais um projeto de grande porte na área de mineração. Trata-se da Rio Verde Minerals, uma empresa canadense listada na Bolsa de Toronto, focada na exploração e no desenvolvimento de projetos de fertilizantes (fosfato e potássio) no Brasil. A informação foi dada sexta-feira pelo diretor nacional de Gestão de Títulos Minerários do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Jomar Feitosa.
O potássio e o fosfato são dois nutrientes que, com o nitrogênio, servem de insumo para a preparação de fertilizantes. O Brasil importa cerca de 50% do volume total consumido no país.
De acordo com Jomar Feitosa, a Rio Verde Minerals já encaminhou ao DNPM o pedido de liberação para exploração da reserva mineral de termofosfato, que fica localizada no município maranhense de Cândido Mendes. A empresa também aguarda a licença ambiental para dar início à instalação do projeto no estado.
Experiente na execução e no desenvolvimento de projetos no Brasil e no exterior, a Rio Verde Minerals já está instalada na cidade de Bonito, no Pará, com a estimativa de produzir 150 mil toneladas/ano de termofosfato a partir de 2013.
Produção - Jomar Feitosa explicou que a estimativa de produção da empresa no Maranhão será maior do que a de Bonito, no Pará, pois a reserva de Cândido Mendes, segundo o que foi comprovado pelos pesquisadores da Rio Verde Minerals, é de 10 milhões de toneladas, cinco vezes maior do que a reserva paraense.
No Maranhão, a estimativa de produção da mina de Candido Mendes é de 300 mil toneladas/ano de termofosfato, com teor médio de 29%. O início da implantação depende apenas da liberação da licença ambiental e de exploração da reserva pelo DNPM. O termofosfato de Trauíra, denominação da mina maranhense, deverá atender não apenas ao mercado do estado como também de todo o Nordeste.
Seguro - No projeto de exploração de fosfato, são vários os benefícios, entre eles o fato de ser um produto aceito pela agricultura orgânica e seguro para a agricultura familiar; trazer garantia de fornecimento contínuo e no momento certo para o plantio, principalmente da soja; redução do custo e estocagem.
O diretor do DNPM destacou, ainda, que a exploração da mina de termofosfato no Maranhão criará cerca de 500 novos empregos diretos e indiretos, além de proporcionar um aumento na lucratividade do produtor maranhense, dado a boa eficiência econômica deste mineral e seu custo competitivo.
DNPM - Fomentar o crescimento do setor mineral no Maranhão é um dos principais objetivos do DNMP, que tem incentivo e apoio logístico do Ministério das Minas e Energia.
Segundo Jomar Feitosa, o ministro Edison Lobão tem garantido ao DNPM no Maranhão a infraestrutura necessária para que seja prestado, pelo órgão, um atendimento célere às empresas e feita análise criteriosa dos pedidos de instalação de novos empreendimentos no estado.
Jomar Feitosa ressaltou que a instalação de projetos no setor de mineração tem proporcionado ganhos econômicos para o Maranhão e a previsão é de que cresça ainda mais nos próximos anos, com mais investidores interessados.
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O Maranhão poderá sair da condição de importador para fornecedor de fosfato para outros estados, melhorando o aproveitamento do frete e o amento do PIB no estado, fortalecendo a cadeia produtiva com a garantia e fornecimento de matéria-prima local, reduzindo os riscos de crises internacionais. (Fonte: O Estado do Maranhão)