Qualidade de projetos de inovação surpreende em mostra do Senai

04-12-2011 12:55

Todos os projetos da fase estadual da Mostra Inova poderão se inscrever para a etapa nacional, no ano que vem em SP

Os 15 projetos que participaram da etapa estadual da Mostra Inova Senai poderão se inscrever para a etapa nacional do projeto. O anúncio foi feito pelo representante da organização nacional do evento, Mateus Simões, durante o encerramento, sexta-feira.

Segundo Simões, a decisão foi tomada por causa do nível dos projetos apresentados durante a mostra estadual. “A qualidade apresentada aqui é excepcional. Havia projetos na etapa final de preparação para o mercado consumidor. A mostra inova Senai aqui cumpriu o seu papel de fomentar entre os alunos e professores do Senai a visão inovadora e empreendedora”, avaliou.

Apesar de todos poderem se inscrever para a etapa nacional da mostra, ainda haverá uma seleção entre os projetos maranhenses. Uma comissão será criada pelo Senai Nacional para avaliar o nível de inovação e a viabilidade dos projetos.

Os projetos vencedores nas categorias Serviço Inovador Senai, Processo Inovador e Produto Inovador foram anunciados no salão de eventos da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema). Ganharam o primeiro lugar os projetos Uso de grupo gerador como alternativa de gerenciamento de demanda de energia, Queijo frescal com polpa de juçara e Cerâmica de Plástico, respectivamente.

“Sabiámos que tinhámos feito um bom produto, mas não esperávamos levar o primeiro lugar. Agora vamos trabalhar na melhoria do processo para chegar na etapa nacional com um projeto melhor ainda”, disse o professor Leodoro Sales, um dos desenvolvedores do Queijo frescal com polpa de juçara.

O professor José Pimentel Neto, que venceu na categoria Projeto Inovador com a Cerâmica de Plástico, disse que agora trabalhará em ajustes no processo de fabricação e na viabilidade econômica. “O projeto tem apoio do Sebrae, Senai e Sinduscon. Estou trabalhando agora para homologar a cerâmica na Caixa para usá-la no Programa Minha casa Minh Vida”, explicou.

Os seis alunos que executaram os projetos Gás de cozinha produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar e Adubo orgânico feito do que sobra da juçara, todos projetos desenvolvidos em Imperatriz, ganharam bolsas de estudo do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). São bolsas de R$ 400,00 mensais por seis meses para incentivá-los a continuar a trabalhar no desenvolvimento dos seus projetos.

Projetos - Foram apresentados 15 projetos desenvolvidos por alunos e professores das unidades do Senai de Bacabal, São Luís e Imperatriz. São projetos originais, inovadores e empreendedores nas áreas de Alimentos, Eletromecânica, Eletroeletrônica e Vestuário. As ideias atraíram indústrias maranhenses e de fora, cujos representantes já firmaram parcerias com os expositores, para associar seus produtos às inovações e viabilizar a comercialização.

É o caso do projeto de três alunos da unidade Senai Imperatriz. De olho nas necessidades do setor produtivo, eles resolveram utilizar o bagaço da cana-de-açúcar, que era desperdiçado pelas indústrias de álcool e açúcar do sudeste do Maranhão, e transformá-lo em biogás. O projeto tem apelo social, pois o produto é distribuído a famílias carentes da região, que o utilizam como gás de cozinha.

O projeto chamou a atenção da indústria de bioenergia Maity, sucroalcooleira instalada em Campestre do Maranhão, que fornece o insumo para o gás e apoia o processo criado pelos alunos.

Caso semelhante aconteceu com o instrutor do Senai, José Pimentel Neto, de Imperatriz. Sua inovação consiste em transformar lixo plástico (garrafas pet e PVC), em uma alternativa ecologicamente correta para revestimento de pisos e paredes. O produto é muito parecido com a cerâmica, mas é 100% produzido de material reciclado, além de ser inédito no mercado.

Propondo uma venda associada, a empresa Artcola, do Rio Grande do Sul, propôs uma parceria: o uso de uma cola também ecologicamente correta criada pela empresa para grudar o protótipo de cerâmica criado pelo instrutor do Senai. A parceria deu certo, pois a cola, que substitui a argamassa, adere com perfeição ao produto maranhense. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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