Que venha agora o petróleo

18-01-2011 14:54

Depois da empreitada de sucesso da OGX, que encontrou gás natural na bacia terrestre do Parnaíba - especificamente em Capinzal do Norte e Santo Antonio dos Lopes -, a busca por petróleo e gás no Maranhão agora se amplia para a área marítima. A Petrobras iniciou este mês a perfuração de poço na Bacia Pará-Maranhão, confirmando que realmente o estado é “a bola da vez”. Todas as informações técnicas indicam que as perspectivas para a Bacia Pará-Maranhão são bastante promissoras. A começar pelo fato de que atividades de perfuração anteriores indicaram a presença de petróleo leve na região.

Numa aposta expressiva nesse potencial, a Petrobras está investindo nada menos que R$ 90 milhões na campanha de perfuração, utilizando tecnologia de ponta, por meio da sonda semi-submersível SS-75 – Ocean Courage, com capacidade de perfurar em até três mil metros de lâmina d’água e profundidade de 12 mil metros. Isso é apenas o início das atividades da Petrobras na região da Bacia Pará-Maranhão, onde possui seis concessões de blocos, sendo duas em águas profundas e quatro em águas rasas.

Se a Petrobras vier a encontrar petróleo, o Maranhão passará não somente a produzir como também processará derivados a partir da Refinaria Premium I, que está sendo construída em Bacabeira, considerada a maior da América Latina, com capacidade para processar 600 mil barris/dia. Sem falar que a empresa também está de olho no potencial da Bacia do Parnaíba, onde realiza pesquisas sísmicas.

A própria OGX também estendeu a exploração terrestre para a marítima. A empresa de Eike Batista está prestes a iniciar campanha de perfuração de um poço, também na Bacia Pará-Maranhão. A empreitada depende apenas de mera formalidade, que é o licenciamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Toda estrutura da OGX já está pronta – sonda, pessoal, embarcações de apoio – para dar início à busca por petróleo e gás na região, onde a empresa detém direitos de concessão sobre cinco blocos exploratórios.

O Maranhão caminha para ver confirmada a previsão feita nos anos 1960 pelo então governador José Sarney, abraçada pela governadora Roseana Sarney e encampada agora pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. E nesse contexto, o secretário extraordinário de Minas e Energia, Ricardo Guterres, está coberto de razão quando, diante de todas essas informações sobre providências e potencialidades do estado na área de petróleo e gás, declara: “O Maranhão está vivendo um momento único, de grandes oportunidades, sendo visto agora com outros olhos”.

Que venham, pois, o gás e o petróleo.

 

(O ESTADO DO MARANHÃO; ED. 17689; OPINIÃO – PÁG. 04)

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