R$ 62 milhões para o Tegram vence licitação

28-10-2011 09:46

A companhia Novaagri Infraestrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola S.A ofertou um valor de oportunidade de negócio de R$ 62 milhões, na licitação do 1º lote do projeto do Terminal de Grãos do Maranhão, em sessão pública realizada ontem, na sede da Empresa Maranhense de Admi-nistração Portuária (Emap), e foi classificada como a maior proposta. A empresa que administra o Porto do Itaqui considerou o processo bem-sucedido. Uma nova sessão, com data ainda não definida, será realizada para abertura dos envelopes contendo os documentos de habilitação e as propostas comerciais para os lotes II, III e IV.

Para este primeiro lote, além da Novaagri, a CGG Trading S.A. ofereceu R$ 25,5 milhões, a Glencore Serviços e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, R$ 21,7 milhões, e o Consórcio Crescimento, formado pelas empresas Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A e Amaggi Exportação e Importação Ltda, a quantia de R$ 15,1 milhões.

A empresa Granol Indústria Comércio e Exportação S.A., apesar de ter feito o credenciamento de seu representante na sessão realizada no último dia 18, foi excluída do certame, uma vez que não entregou os envelopes com as propostas comerciais e documentos de habilitação.

Consórcio - Já o Consórcio Interalli, formado pelas empresas Interalli Administração e Participações S.A., CBL Companhia Brasileira de Logística S.A. e pela FSF Administração e Participações Ltda, foi desclassificado da concorrência porque não identificou os envelopes com as propostas comerciais dos lotes licitados, impossibilitando a regular abertura e análise dos documentos pela Comissão de Licitação.

Apesar do êxito da licitação, que já realizou duas sessões, e do claro interesse das empresas participantes na instalação do Tegram demonstrado pelos valores ofertados, empresas que detém lideram o mercado de grãos no estado e que não participam do processo, permanecem tentando, através de medidas judiciais, inviabilizar a concretização do arrendamento do terminal, segundo a Emap.

“Fica clara a intenção de algumas empresas em barrar a construção de um projeto que é de vital importância para o agronegócio nacional e que trará um grande impacto para o desenvolvimento econômico de várias regiões do país”, destacou o presidente da empresa, Luiz Carlos Fossati, que considerou um sucesso o resultado do processo licitatório.

Tanto a Bunge quanto a Cargill, segundo a Emap, já movimentam grãos utilizando instalações que possuem dentro da área do Terminal Portuário da Vale, em São Luís, e exportam pelo berço 105 do Porto do Itaqui, atualmente arrendado à mineradora. As instalações da Bunge compreendem um armazém e um silo com capacidade estática de 50.000 e 23.000 toneladas, respectivamente.

No caso específico da Bunge, já há um contrato de arrendamento celebrado com a Emap desde 1997 e cujo objeto é o arrendamento de uma área medindo mais de 29 mil m² com a finalidade de instalar uma indústria de extração e refino de óleo de soja e produção de margarinas, mas que nunca saiu do papel. Em função disso, foi proposta uma ação de rescisão contratual com reintegração de posse.

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No dia 18 deste mês, a Emap realizou a sessão pública de abertura de envelopes com as propostas das companhias interessadas na construção e exploração comercial do Tegram. Após a sessão, porém, a comissão de licitação foi obrigada a suspender o processo, por determinação da Justiça Federal. Com a desistência da ação, movida pela Cosan Operadora, Portuária S.A, o processo pôde ser retomado, com a realização da sessão de ontem, que foi bem-sucedido. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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