Rede britânica IHG planeja cinco novos hotéis no Brasil até 2014
A rede britânica de hotéis InterContinental Hotels Group (IHG), a maior do mundo em número de apartamentos, vai inaugurar cinco novos hotéis no Brasil até 2014, informa o novo presidente da IHG para as Américas, Kirk Kinsell. De acordo com ele, esses empreendimentos integram o plano da rede de abrir mais de 50 novos hotéis no Brasil na próxima década. O investimento, porém, não foi revelado.
Atualmente, a IHG administra 12 hotéis no Brasil, sendo um da bandeira Intercontinental, dois Crowne Plaza, cinco Holiday Inn, três Holiday Inn Express e um Staybridge Suites. No mundo, a IHG conta com 4,6 mil hotéis, entre empreendimentos próprios, administrações ou franquias. São em torno de 656 mil apartamentos em cerca de 100 países.
Os cinco novos hotéis da rede britânica no país serão da bandeira Holiday Inn Express, da categoria "midscale", equivalente a hotéis entre três e quatro estrelas. Os empreendimentos serão inaugurados nas cidades de Maceió (Alagoas), Belém (Pará), Rio Branco (Acre), Porto Velho (Rondônia) e São Luis (Maranhão).
"Vemos crescimento não só nas principais capitais, mas em cidades secundárias", afirma Kinsell. "Queremos restabelecer nossa presença no Rio de Janeiro e em outras cidades. Também temos vontade de voltar a São Paulo com um Crowne Plaza, mas estamos buscando o lugar certo", acrescenta o executivo.
A IHG administrava um hotel da bandeira Intercontinental no Rio de Janeiro, em São Conrado, zona sul do Rio. No fim de dezembro de 2010, porém, a Brazil Hospitality Group (BHG) comprou o empreendimento da Brookfield Incorporações. O valor não foi divulgado, mas fontes do setor estimam que o preço teria sido de R$ 100 milhões. A BHG passou a adotar a marca Golden Tulip no imóvel. A IHG também tinha a gestão de um hotel Crowne Plaza em São Paulo, que fechou as portas em 2008.
O foco da IHG é levantar recursos com investidores e administrar os hotéis ou firmar parcerias com franqueadores. Ao mesmo tempo que planeja abrir mais de 50 hotéis em 10 anos, Kinsell diz que um dos maiores desafios de se investir no Brasil é a escassez de fontes de financiamento. Nesse sentido, ele lembra de um dos maiores empecilhos da indústria de hotéis no país, a preferência de investidores por imóveis comerciais ou residenciais, com retorno mais rápido do que hotéis.
Segundo ele, apesar disso, a crise internacional faz com que a IHG concentre sua atuação no Brasil e em outros mercados emergentes, como a Índia. Na América Latina, além do Brasil, a IHG tem investido na Colômbia.
"O crescimento da indústria de hotéis está muito alinhada com o crescimento do PIB. Se a América Latina continuar com o seu forte crescimento do PIB, poderemos ver um desenvolvimento maior do setor de hotéis na região do que em outras regiões do mundo", afirma Kinsell.
A IHG reportou na sua última demonstração de resultados, do terceiro trimestre de 2011, receita de US$ 467 milhões, alta de 11% na comparação anual. O lucro operacional teve expansão de 33% na mesma base de comparação, ao ficar em US$ 153 milhões. (Fonte: Valor Econômico)