Safra de cana cresce 8,7% no Maranhão e colheita deverá ser de 2,529 mt

31-08-2011 09:10

O Maranhão deverá colher 2,529 milhões de toneladas (mt) de cana-de-açúcar, o que representa aumento de 8,70% em relação ao ciclo passado, segundo levantamento da safra (2011/2012), divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção nacional, de acordo com o órgão, deve chegar a 588,9 milhões de toneladas, resultado 5,6% inferior ao registrado ano passado, que chegou a 623,9 milhões de toneladas.

O crescimento da produção maranhense de cana é resultado do aumento da área plantada, que saltou de 42.100 hectares (safra 2010/2011) para 42.130 hectares na atual safra, mas principalmente da produtividade, que cresceu 8,60%. Conforme o levantamento da Conab, os produtores alcançaram uma produtividade de 60.050 kg/ha contra os 55.285 kg/ha registrados na safra anterior.

Do total de 2,529 milhões de toneladas de cana-de-açúcar que deverão ser colhidas nesta safra, a maior parte, em torno de 2,400 milhões de toneladas, terá como destino a produção de etanol (álcool) e apenas 129 mil toneladas serão moídas objetivando a produção de açúcar.

Pelas estimativas da Conab, o Maranhão deve produzir na safra 2011/2012 o volume de 192.469 toneladas de etanol, sendo 140.362 toneladas de álcool anidro e 52.107 toneladas de álcool hidratado. Em relação à safra passada (181.788 toneladas), a produção de etanol registra crescimento de 5,88%.

O crescimento mais expressivo revelado pelo levantamento da Conab está na produção de açúcar, que saltou de 8,8 mil toneladas para 17,2 mil toneladas. Houve, portanto, um aumento em termos absolutos de 8,4 mil toneladas e variação de 94,94%.

Enquanto houve avanço no Maranhão, a pesquisa da Conab revelou que no Brasil ocorreu queda na produção de cana-de-açúcar, devido à baixa na produtividade, causada por diversos fatores, principalmente climáticos, como a estiagem de abril e outubro de 2010, a escassez de chuva em maio deste ano, a ocorrência de geada nos estados de São Paulo, Mato Grosso e Paraná, além do florescimento excessivo. A falta de renovação dos canaviais e a redução do uso de insumos também colaboraram para a queda.

Do total de cana a ser esmagada, 51% (300,6 milhões t) são destinados à produção de 23,6 bilhões de litros de etanol. Desse volume, 14,5 bilhões de litros são do tipo hidratado e 9,1 bilhões do anidro. Os 49% (288,2 milhões t) restantes vão para a produção de 37 milhões t de açúcar, inferior em 2,8% à safra passada, quando foram produzidas 38,1 milhões de toneladas.

No que se refere à área destinada ao setor, a pesquisa chega a 8,4 milhões de hectares ou ao equivalente a 4,7% a mais que a da safra anterior. O estado de São Paulo ocupa a maior parte, com 4,4 milhões hectares ou 52,6% do total nacional. Em seguida, vêm Minas Gerais (759,2 mil ha), Goiás (672,4 mil ha), Paraná (612,2 mil ha), Mato Grosso do Sul (481 mil ha), Alagoas (455,5 mil ha) e Pernambuco (325 mil ha). (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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