Safra maranhense de soja deve crescer e chegar a 1,6 milhão de toneladas

10-03-2011 16:09

 Com uma safra de soja estimada em 1,6 milhão de toneladas, volume quase 300 mil toneladas superior à produção da oleaginosa ano passado, as lavouras maranhenses do grão não registraram um único foco da ferrugem asiática nos 503 mil hectares plantados na região sul do estado. A doença causada por um fungo já atingiu 10 estados brasileiros na safra 2010/2011, totalizando 704 focos.

A não ocorrência da ferrugem asiática na atual safra nas lavouras de soja do estado foge à realidade dos últimos anos, em que focos da doença foram registrados. Na safra 2009/2010, por exemplo, foram identificados 23 focos nas regiões produtoras do sul do Maranhão.

De acordo com os números do Consórcio Antiferrugem, na safra passada, foram registrados focos da ferrugem asiática em lavouras de soja nos municípios de Balsas (23 ocorrências), Tasso Fragoso (3), Alto Parnaíba (1) e Riachão (1).

No Brasil, a ferrugem está presente em 10 estados, totalizando 704 focos, sendo 653 em lavouras comerciais. A região produtora de soja com maior registro é Paraná, com 291 ocorrências, seguido do Rio Grande do Sul, com 177.

Além desses dois estados, segundo dados do Consórcio Antiferrugem, a doença atingiu lavouras de soja na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo.

Problema - Introduzida no Brasil na safra 2001/2002, a ferrugem asiática da soja ainda é considerada um problema novo para a sojicultura nacional, no que diz respeito a sua identificação, aos aspectos de manejo e, principalmente, de controle.

Para propor soluções a este grande desafio, foi criado, em setembro de 2004, o Consórcio Antiferrugem. Fazem parte do consórcio instituições representantes dos diversos segmentos da cadeia produtiva da soja como fundações, universidades, institutos de pesquisa, entidades representantes de fabricantes de insumos e cooperativas de produtores.

Um dos objetivos do Consórcio é levar ao agricultor todas as informações disponíveis sobre a doença e capacitá-lo em manejá-la. Uma palestra padrão foi elaborada em 2004 com as principais informações disponíveis e utilizada em treinamentos em todo o país. Essa palestra é revisada e atualizada anualmente.

Um segundo objetivo do consórcio antiferrugem foi o cadastramento de laboratórios habilitados a identificar a doença e localizados nas principais regiões produtoras do país para auxiliar na correta identificação da doença. Uma vez corretamente identificada pelos laboratórios, a informação é repassada ao mapa de dispersão da doença, que é uma forma de alertar a cadeia produtiva para a presença da doença em uma determinada região.

Os integrantes do Consórcio Antiferrugem se reúnem anualmente para a avaliação dos resultados e para a discussão das atividades futuras.

 

(Fonte: Jornal O estado do maranhão, edição 17.739, Economia, pg. 9).

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