Sai licitação do Tegram

02-09-2011 16:13

Edital para a escolha da empresa que fará a obra do terminal de grãos foi publicado ontem, e os envelopes com propostas serão abertos em 18 de outubro.

A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) lançou hoje o edital de licitação para a escolha da empresa que fará a obra da primeira fase do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto do Itaqui, em São Luís, que terá capacidade para movimentar até 5 milhões de toneladas de soja e milho por ano.

A obra para a execução está orçada em R$ 262 milhões, e os envelopes com as propostas serão abertos no dia 18 de outubro em São Luís, devendo entrar em funcionamento no primeiro semestre de 2013.

Segundo o diretor-presidente da Emap, Luiz Carlos Fossati, as obras têm previsão para começar em meados do ano que vem. “Como demorou para recebermos a autorização para lançar o edital, perdemos o período de estiagem. Assim, só começaremos a obra em julho de 2012. Os primeiros trabalhos serão de terraplanagem”, disse o executivo.

O cronograma da obra será de dois anos e a inauguração deverá pegar o final da safra de 2013. “A previsão é que a inauguração aconteça entre outubro e novembro de 2013”, completou Fossati.

Ainda está programada uma segunda etapa de expansão do Tegram, orçada em R$ 74 milhões, mas sem data para execução. A segunda etapa do terminal de grãos permitirá alcançar a movimentação de 10 milhões de toneladas de grãos por ano.

Está é a segunda vez que o edital de licitação é lançado. Na primeira ocasião, em 2007, o certame foi barrado no Tribunal de Contas da União (TCU), que encontrou falhas no documento. Na época, o presidente da Emap era o atual prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB).

Capacidade

O Tegram, como foi batizada a instalação, se somará à estrutura de armazenamento e embarque de grãos que já existe na capital maranhense, a qual hoje tem capacidade de movimentar até 3 milhões de toneladas por ano pelo Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM), administrado pela Vale.

O terminal será a ponta de um sistema logístico que inclui duas ferrovias – Ferrovia Norte-Sul (FNS) e pela Estrada de Ferro Carajás (EFC) -, pelo menos seis rodovias federais em dois estados e o Porto do Itaqui para o escoamento da produção de grãos do sul do Maranhão, norte do Tocantins e sudoeste do Piauí (região conhecida como Matopi), que é uma alternativa viável a Santos e Paranaguá para a movimentação da safra de grãos para exportação.

O diretor comercial de Logística da Vale, Marcello Spinelli, afirmou no fim de abril, em São Luís, que assim que o terminal de grãos do Itaqui estiver em funcionamento a mineradora pretende movimentar até oito milhões de toneladas de grãos por ano a partir dos portos de São Luís. Ele também disse que a Vale vai buscar cargas nas áreas produtoras do Mato Grosso e de Goiás e transportá-las para São Luís por meio da FNS e EFC.

No entanto, o presidente da Emap foi cauteloso ao comentar a afirmação do executivo. “Vamos levar alguns anos para atingir este patamar. Tudo vai depender dos produtores e da evolução da safra. Acredito que será preciso cerca de 10 anos para atingir as 10 milhões de toneladas”, afirmou Fossati.

Atualmente, a produção de soja do Matopi somada chega a 3,1 milhões de toneladas, e meta da Vale, empresa de logística que operacionaliza o embarque de grãos em vários portos de São Luís, é exportar 2,4 milhões de toneladas de soja e milho. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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