Sustentabilidade é tema de reunião de Lobão em Paris
Paris - O governo brasileiro compartilha as preocupações da Agência Internacional de Energia (AIE) quanto à necessidade de maximizar a contribuição de energia para aumentar a segurança energética, a sustentabilidade ambiental e promover o desenvolvimento social e econômico, afirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao fim do Encontro do Conselho de Governadores em Nível Ministerial que o organismo realizou esta semana em Paris. A AIE, sediada na capital francesa, é composta pelos 26 países maiores produtores e consumidores de energia.
Convidado especial do encontro, ao lado de ministros da China, Índia, Indonésia, México e África do Sul, o ministro Edison Lobão disse que o setor energético brasileiro definiu a sua expansão em fontes renováveis, para o atendimento das necessidades futuras de energia. “Temos uma diretriz política no sentido de explorar os recursos renováveis da hidroeletricidade, da biomassa da cana de açúcar e de eólicas, além de incrementar os programas de desenvolvimento tecnológico e de eficiência energética”, disse o ministro.
Há menos de duas semanas, o ministro Edison Lobão realizou, com sucesso, conferências nas universidades de Columbia e de Utah, nos Estados Unidos, nas quais defendeu o modelo elétrico brasileiro, principalmente a sua opção pela hidroeletricidade – tema também abordado na cúpula de Paris. Lobão tem sido muito aplaudido em sua participação em eventos internacionais em função do compromisso do Brasil com energias limpas e renováveis.
Luz para Todos - O ministro de Minas e Energia demonstrou preocupação com o fato de que cerca de 1,3 bilhão de pessoas, o correspondente a cerca de 20% da população mundial, vivem hoje sem eletricidade e 2,7 bilhões não possuem equipamentos de cozinha “limpos”, de acordo com dados da AIE. Nesse aspecto, o Brasil tem uma grande contribuição a dar com o seu próprio exemplo, disse o ministro, ao citar o programa Luz Para Todos, de universalização de acesso à energia, que, em menos de 10 anos, já levou energia elétrica a 14 milhões de brasileiros.
“Fornecer energia a todos é importante para o desenvolvimento social e econômico e, além disso, é uma obrigação moral de todos os países”, disse o presidente da AIE, ao elogiar o programa brasileiro.
Além de participar de diversos painéis do encontro – “Governo e Indústria; cooperar para garantir um futuro melhor”, “Petróleo e Alternativas; rumo a uma abordagem global de segurança energética” e “Acelerando a transição para um futuro seguro de energia de baixo carbono”, entre outros - o ministro brasileiro participou de diversos encontros paralelos, entre os quais com o presidente da AIE, Fatih Birol, e o ministro da Noruega, Ola Borten Moe. (Fonte: O Estado do Maranhão)