Tecnologia de ponta é utilizada na construção do Píer IV da Vale

10-03-2011 15:54

 Serviço é realizado simultaneamente no canal marítimo e na porção terrestre por meio de maquinários modernos; primeiro atracadouro deve entrar em atividade em março de 2012 e a conclusão da obra está programada para meados de 2015

As obras de construção do Píer IV, que integram o programa de expansão do Terminal Portuário de Ponta da Madeira (TPPM), contam com o auxilio de uma nova tecnologia que está sendo utilizada em alto-mar. Trata-se da plataforma auto-elevatória Jack Up, equipamento de fabricação coreana que pretende agilizar a produção e garantir segurança durante o processo de cravação das estacas e montagem das peças pré-moldadas do píer.

No início de fevereiro deste ano, a Jack Up cravou sua primeira estaca, que é uma estrutura feita de concreto armado moldada no local e revestida de chapas de aço. A previsão é de que o equipamento permaneça na obra até março de 2012, quando será concluída a construção do berço sul, que será o primeiro dos dois atracadouros do Píer IV a iniciar operações.

O maquinário é composto de quatro bases cilíndricas e uma plataforma metálica com capacidade para acomodar 42 pessoas. Com foco na segurança, a plataforma desliza sobre cilindros também metálicos, o que possibilita seu isolamento seguro das condições climáticas adversas do Complexo Portuário de São Luís (CPSL). Na região, a velocidade da corrente marítima pode alcançar até 3,5 m/s devido à variação de maré, que pode chegar a 7 m num período de seis horas.

"A equipe responsável pelo projeto sempre busca encontrar equipamentos que possam suportar as condições climáticas do local onde está sendo construído o novo píer e que também cumpram os padrões de saúde, segurança e meio ambiente da empresa", afirma José Diniz, o líder executivo responsável pela obra do Píer IV.

Hidrofresa - Outro equipamento de alta tecnologia utilizado nas obras da retroárea do porto é a hidrofresa, um maquinário italiano que permite maior dinamismo às escavações das quatro caixas dos futuros viradores de vagões, previstos na expansão da retroárea do porto. O virador de vagão é uma estrutura que serve para descarregar com mais rapidez os vagões com minério de ferro.

A hidrofresa entra em ação cortando o terreno por meio de grandes rodas e correntes dentadas que possibilitam escavações profundas, fragmentação do terreno e transporte do material de forma rápida e eficiente. Para as caixas dos novos viradores são feitas escavações de até 30 metros de profundidade.

"Num primeiro momento foram construídas muretas guias para auxiliar a hidrofresa nas escavações das lamelas, que funcionam como uma parede de contenção das caixas dos novos viradores de vagões", explica Francisco Joslei, o líder do projeto.

O equipamento também contribui para minimizar os possíveis incômodos às comunidades vizinhas às obras, já que permite a redução dos níveis de ruído e vibração durante as escavações. "Em atendimento ao estudo ambiental do projeto, temos priorizado o uso de equipamentos com tecnologia mais silenciosa como é o caso da hidrofresa", explicou Francisco Joslei.

 

Mais

As obras de construção do Píer IV foram iniciadas em março de 2010 com previsão para serem encerradas em 2013. Os berços norte e sul, que integram sua estrutura, vão permitir a atracação de navios de grande porte devido à profundidade de aproximadamente 25 metros. Também integram a estrutura: ponte de acesso ao píer (1.620 m), dois carregadores de navio, berço para rebocadores, subestações elétricas, entre outros. O píer terá capacidade para receber até 53 navios por mês com até 400 mil toneladas de porte bruto (TPB). Com a obra, o Terminal Portuário de Ponta da Madeira terá a maior capacidade de embarque de carga do Brasil, em toneladas. Com a conclusão das obras, prevista para 2015, a Vale pretende transportar e embarcar 230 milhões de toneladas por ano (mtpa). Atualmente, a capacidade de embarque do terminal é de 130 mtpa.

(Fonte: Jornal O estado, edição 17.735, Portos, pg.10.)

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