Terminal de Grãos do Maranhão deverá ser concluído em 2013

24-03-2011 10:58

 

O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), projeto da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), gestora do Porto do Itaqui, pode ser concluído em dois anos. A informação foi divulgada esta semana pelo diretor de planejamento da Emap, Daniel Vinent, para a equipe da Expedição Safra Gazeta do Povo, de Curitiba (PR).

De acordo com o diretor, o projeto enviado à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em outubro de 2010, está prestes a ser aprovado. "Acredito que isso aconteça até o fim deste mês", teria declarado o diretor Daniel Vinent. A Assessoria de Comunicação da Emap, consultada ontem por O Estado, não confirmou e nem negou a informação, ressaltando que o referido diretor está em viagem e só retornará a São Luís amanhã.

Segundo a publicação, o projeto Tegram é fundamental para o transporte de grãos pela Ferrovia Norte-Sul (FNS), mas que também é necessário realizar investimentos na melhoria da malha rodoviária do estado para melhor transportar a produção agrícola até o porto.

Vinent também destacou, de acordo com a publicação, que a perspectiva em relação à construção do terminal está relacionada à ampliação do projeto, pois houve forte interesse de empresas em ganhar a primeira licitação, que foi suspensa, e uma nova concorrência pública deve ser realizada, consoante a ampliação do projeto.

Neste sentido, serão construídos quatro armazéns para grãos com capacidade de 125 mil toneladas cada um, em um terreno de 100 m² cedidos pela Emap. De acordo com a divulgação, a meta do Tegram é movimentar cinco milhões de toneladas anuais no sexto ano de implantação do projeto. Entretanto, segundo informes anteriores da Emap, esse volume seria alcançado na primeira fase de implantação do terminal, estimado para meados de 2012, com a perspectiva de duplicação da capacidade na segunda etapa no ano seguinte e chegando a 15 milhões de toneladas na terceira fase. Atualmente, o Porto do Itaqui movimenta cerca de dois milhões de toneladas de grãos agrícolas por ano.

Demanda - O projeto do Tegram no Porto do Itaqui é um dos pontos estratégicos para o desenvolvimento do setor portuário do chamado Arco Norte do país, que integra, além do Itaqui, os portos de Vila do Conde (PA), Santarém (PA), Porto Velho (RO) e Itacoatiara (AM), entre outros. O objetivo é ampliar a capacidade portuária e reduzir o custo logístico para o produtor agrícola, segundo o informativo Canal do Produtor, de Brasília (DF).

A discussão sobre o Arco Norte ocorreu no início da semana, envolvendo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wagner Rossi, e o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) José Ramos Torres de Melo Filho.

Segundo Melo Filho, esta é uma das prioridades da CNA e da Câmara Temática apresentadas ao ministro, com o objetivo de desafogar a demanda de carga que chega aos portos do Sul e Sudeste do país, por onde são exportados 83,5% do volume de soja e milho vendido para outros países.

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O transporte de grãos da fazenda até o porto, no Brasil, pode custar em média até US$ 84 por tonelada. Nos Estados Unidos, o custo é de US$ 21 por tonelada, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Como exemplo, há casos como o município de Sorriso (MT), em que um produtor de soja, em 2007 gastava, em média, 52% do valor de comercialização da saca para levar a produção até o porto de Paranaguá (PR). Por isso, a entidade defende como alternativa o desenvolvimento do setor portuário da região do Arco Norte.

 

(Fonte: O Estado do Maranhão, Ed. 17.754, Portos - pág. 10)                           

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