Vale Beijing poderá seguir viagem em 10 dias

07-02-2012 08:38

A Capitania dos Portos do Maranhão (CPMA) informou ontem que os reparos no navio Vale Beijing estão prontos e que a embarcação deve estar pronta para viajar a partir de 15 deste mês. Na semana passada, uma equipe de inspetores da Diretoria de Portos e Costas (DPC) da Marinha do Brasil veio do Rio de Janeiro (RJ) para São Luís para verificar as condições da embarcação. Além disso, mergulhadores da STX Pan Ocean, empresa proprietária do navio afretado à Vale, também vistoriaram o cargueiro para iniciar os serviços de emergência.

O supergraneleiro da classe Valemax, também conhecido como Very Large Ore Carriers (VLOC), de 361 metros de cumprimento, 400 mil tolenadas (t) de porte bruto e capacidade de carga de 390 mil/t, está fundeado a 60 km da costa de São Luís, na Baía de São Marcos, desde 3 de dezembro, quando um dos tanques de lastro rachou durante operação de carregamento de minério no Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), da Vale. Estava programado para receber cerca de 380 mil/t e já estava carregado com 260 mil/t quando ocorreu o acidente. O navio realizava sua primeira viagem.

Segundo o comandante da Capitania, Jair dos Santos Oliveira, inspeções recentes não constataram novas fissuras no navio. Os reparos já foram todos concluídos. Nas últimas semanas, para equilibrar a embarcação, 39 mil/t que estavam no porão 7, que continha 57 mil/t de minério, foram redistribuídas para outros porões. Também foram retiradas cerca de 6,5 mil/t de óleo combustível (bunker) para evitar um possível dano ambiental, caso o navio naufragasse.

Nesta semana, segundo a Capitania, mergulhadores contratados pela STX realizarão nova inspeção no casco externo. Segundo o comandante Santos Oliveira, caso o parecer dos mergulhadores seja igual ao da Marinha, será dada autorização para o abastecimento do navio, que em seguida poderá seguir viagem. A previsão é que tudo esteja concluído nos próximos 10 dias.

Segundo o comandante, o navio deve seguir para Omã, no Oriente Médio, onde a carga será retirada. A Marinha estuda a possibilidade de autorizar um rebocador a acompanhar o cargueiro durante a travessia do oceano Atlântico. Uma medida preventiva, caso a embarcação volte a sofrer problemas. Além de inspetores da DPC e dos mergulhadores da STX, também havia a previsão de que uma equipe da sociedade classificadora Det Norske Veritas (DNV) avaliaria as condições do Vale Beijing.

Destino - As empresas responsáveis pela embarcação não informaram a data precisa da partida do Vale Beijing. Até então, as informações sobre o destino da embarcação eram de que o descarregamento seria feito na Holanda e, em seguida, o cargueiro seria levado para a Turquia, onde seria docado em um estaleiro para os reparos definitivos. Caso o navio siga para descarga em Omã, segundo fontes do setor portuário, o mais provável é que o conserto definitivo do supergraneleiro seja feito num estaleiro asiático, mais possivelmente na Coreia do Sul, informação esta não confirmada oficialmente.

Números

361 Metros de comprimento tem o Vale Beijing.

400 Mil toneladas de porte bruto tem o supergraneleiro.

390 Mil toneladas é a capacidade de carga do Vale Beijing. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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