Vale Brasil

25-05-2011 11:08

 

A operação que marcou ontem o primeiro carregamento do maior mineraleiro do mundo, o Vale Brasil, no Píer I do Terminal Portuário de Ponta da Madeira, em São Luís, também assinalou o início de uma estratégia de competitividade pela companhia para estabilizar o valor do frete para a Ásia. É que o Vale Brasil tem o dobro da capacidade dos navios normais, o que resultará na sensível queda do custo do frete, tornando o minério da companhia brasileira ainda mais competitivo no mercado asiático. Também permite uma grande velocidade de carregamento e descarregamento, adequada aos portos mais modernos do mundo.

A embarcação tem inovação náutica, tecnologia de ponta e um potencial de carregamento que supera todos os demais, a baixo custo. Do conceito ao projeto básico, a engenharia do mineraleiro é brasileira. É o primeiro navio do mundo que possibilita o carregamento de um porão inteiro sem interrupção do trabalho do carregador, o que dá muito mais velocidade aos portos durante o carregamento.

Na primeira operação do Vale Brasil, foram carregadas 391 mil toneladas de minério de ferro, que terão como destino o Porto de Dalian, na China. O navio, que tem capacidade para abrigar em seus porões cerca de 11 mil veículos populares, é o primeiro de uma frota de sete encomendados pela mineradora ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co, na Coreia do Sul, um investimento de US$ 748 milhões.

Com capacidade para transporte de 400 mil toneladas de minério por viagem, a embarcação tem 362 metros de comprimento, 65 metros de largura e 56 metros de altura até o mastro, o equivalente a um prédio de 22 andares. Supera em dimensões o Berge Stahl, construído em 1986 e que por mais de duas décadas foi considerado o maior do mundo em sua categoria.

A expectativa da Vale é receber outros quatro navios desse porte até o ano de 2013. Mas como bem destacou o diretor executivo de Operações Integradas da Vale, Eduardo Bartolomeo, a estratégia não é comprar navio, nem entrar no mercado da navegação, e sim ter estabilidade no frete e mantê-lo competitivo. Antes da crise, a Vale pagava US$ 100,00 por tonelada no frete, hoje está pagando US$ 20,00. Outras vantagem trazida pela embarcação é o benefício ambiental, decorrente da redução de 35% na emissão de carbono por tonelada de minério transportada.

Entusiasmado, o executivo afirmou que a mineradora faz no Maranhão o maior investimento de logística do mundo. Citou a expansão do Terminal Portuário Ponta da Madeira, com a instalação de um novo píer e as obras de dragagem para a ampliação do calado do porto. Com os investimentos superiores a US$ 3 bilhões, Ponta da Madeira deverá se tornar, já no ano que vem, o principal porto do país em capacidade e volume de movimentação de cargas. (Fonte: O Estado do Maranhão)

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