Vale compra área para construir um porto no Pará

09-02-2011 14:58

 

BELÉM - A mineradora Vale comprou uma área de 3 mil hectares para a construção do Porto do Espadarte, em Curuçá (PA), por R$ 10 milhões. O projeto encurtaria em 400 km a distância entre as minas de Carajás e os navios de exportação - hoje, o escoamento da Vale é feito principalmente pelo Terminal Portuário Ponta da Madeira, em São Luís (MA).

Além de estar próxima a grandes concentrações de minério, estudos sobre a região mostram que ela seria ideal para receber navios com capacidade para carregar até 500 mil toneladas, que exigem um calado (profundidade) maior na área de atracagem.

Apesar da vantagem competitiva, o empreendimento enfrenta a resistência de entidades ambientais e sociais - o Ministério Público Federal já abriu investigação para apurar os impactos do projeto.

Alternativa - De acordo com Mauro Neves, diretor de planejamento da ValeEspadarte seria uma das poucas alternativas viáveis para a mineradora expandir a logística portuária no Pará. O porto de Vila do Conde, em Barcarena, a 37 km de Belém, não tem condições de absorver a produção da Vale.

O executivo da mineradora ressalta que o projeto de Curuçá não substituirá o TPPM - virá posteriormente, para se somar à capacidade total de escoamento da mineradora. Segundo Neves, embora nenhuma decisão definitiva sobre o porto tenha sido tomada, a empresa já antecipa que os investimentos irão além do trabalho de engenharia. Para fazer a ligação ferroviária entre as minas e Curuçá seria necessário construir um ramal ferroviário de 300 a 400 km de extensão, a partir da Estrada de Ferro de Carajás.

Neves diz que o Porto do Espadarte não entra nos planos de escoamento da Vale para os próximos cinco anos porque os investimentos feitos no TPPM já contemplam a expansão da produção de Carajás até 2015, quando a capacidade deverá estar em 230 milhões de toneladas por ano. Os investimentos do grupo em logística devem atingir US$ 5 bilhões neste ano, dos quais US$ 1,2 bilhão serão destinados ao terminal maranhense.

 

(Fontes: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.711, Portos – pág. 08)

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