Vantagens logísticas do Maranhão têm atraído empresas para o Itaqui

29-05-2012 09:32

 

CHS e Ultracargo anunciaram novas aquisições na zona portuária de São Luís.

Em menos de uma semana, duas empresas anunciaram aquisições no Porto do Itaqui. Na quinta-feira (24), a norte-americana CHS acertou a compra de 25% do empreendimento da NovaAgri, integrante do projeto Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). Ontem, foi a vez de a Ultracargo anunciar a compra de um terminais de granéis líquidos no Itaqui.

A Ultracargo, controlada pela Ultrapar, tida como líder em armazenagem de granéis líquidos no Brasil, anunciou ontem a compra do Terminal Marítimo do Maranhão (Temmar) por R$ 160 milhões. O terminal pertencia à Temmar Netherlands e à Noble Netherlands, subsidiárias da Noble Group, de acordo com o jornal Valor Econômico.

Considerado estratégico para a expansão do grupo Ultra na Região Nordeste, o terminal está localizado na região portuária do Itaqui, com uma capacidade estática de 55 mil metros cúbicos. "O Porto do Itaqui é um polo regional de atração de novos projetos e investimentos e é o responsável pelo abastecimento de combustíveis nos estados de Maranhão, Piauí e Tocantins [região conhecida como Mapito], que apresentam crescimento acima da média nacional", observou Ricardo Catran, diretor-superintendente da Ultracargo. "A posição geográfica é privilegiada, considerando os Estados Unidos, canal do Panamá e União Europeia, comparado a outros portos brasileiros", disse.

“O Porto do Itaqui é o segundo maior em movimentação de granéis líquidos do Brasil, atrás do de Santos (SP). Além da localização privilegiada, tem vantagens logísticas, com acesso ferroviário, à Norte-Sul”, afirmou Catran. Além de combustíveis, a companhia movimenta produtos químicos e óleos vegetais.

Grãos - Na semana passada, a CHS do Brasil informou ter adquirido 25% do Terminal Corredor Norte (TCN), um dos quatro empreendimentos licitados que integram o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), obra considerada estratégica para o escoamento dos grãos produzidos no Centro-Oeste e na região conhecida como Mapito.

O valor da negociação não foi revelado, mas a NovaAgri desembolsou R$ 62 milhões pelo direito de explorar seu quinhão no novo terminal - a maior oferta entre as vencedoras da licitação, grupo que inclui ainda a suíça Glencore, a CGG Trading (braço da Cantagalo General Grains, controlada pelo grupo têxtil Coteminas) e o Consórcio Crescimento (formado pela francesa Louis Dreyfus e a brasileira Amaggi Exportação).

Além de sócia da NovaAgri no TCN, a CHS será usuária do novo terminal, que possui ligação com a Ferrovia Norte-Sul. Com isso, garantirá acesso privilegiado à produção de milho e soja do Centro-Oeste e das novas fronteiras agrícolas no Norte e Nordeste, que hoje enfrenta uma longa - e custosa - viagem de caminhão até os portos do Sul e do Sudeste.

Números

160 Milhões de reais é o valor divulgado do investimento da Ultracargo na aquisição

do Temmar.

62 Milhões de reais é o valor divulgado do investimento do Terminal Corredor Norte, do qual a CHS adquiriu 25% de participação no negócio. (Fonte: O Estado do Maranhão)

 

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