Vendas de minério ao Japão não foram afetadas, diz Vale
A Vale informou ontem, em nota, que até agora suas vendas de minério de ferro para o Japão não foram afetadas pelo terremoto e o tsunami que atingiram o país asiático. A mineradora diz que o impacto nas siderúrgicas japonesas (clientes da empresa) "foi limitado" e que "a maioria delas voltou a operar, apesar da extensão dos eventos naturais ocorridos".
Em 2010, os embarques de minério de ferro da Vale para o Japão chegaram a 30,8 milhões de toneladas - 10,5% das exportações do produto. Atualmente, a mineradora tem 56 navios à espera de carregamento em seus portos, dos quais nove são destinados ao Japão. Não houve, portanto, o cancelamento de nenhuma carga.
Apesar disso, a mineradora diz que ofereceu "total flexibilidade na administração dos programas de embarques" de seus clientes, o que compreende o "aumento ou redução de volumes, mudanças de qualidade e tipos de produtos, além de redirecionamento de navios."
A Vale diz ainda que continua "a desempenhar suas atividades no Japão e está adotando todas as medidas possíveis para dar sua contribuição para minimizar os impactos do terremoto e tsunami que atingiram o país." Segundo a companhia, a refinaria de níquel em Matsuzaka, sul do Japão, continua a operar normalmente. A unidade tem 66 empregados.
Tóquio - Já o escritório comercial em Tóquio, que tem 21 empregados, está fechado. A Vale orientou os empregados a trabalharem de casa. A empresa diz que a medida visa à segurança em razão da possibilidade de novos terremotos, dificuldades de transporte e necessidade de economia de energia.
De acordo com a mineradora, apenas dois empregados são estrangeiros - um brasileiro e um canadense. Os dois, diz a mineradora, "continuam à frente das operações". A Vale afirma ainda ter feito uma doação de 120 milhões de ienes (US$ 1,5 milhão) para a Cruz Vermelha japonesa para ajudar as vítimas do terremoto e do tsunami.
(Fonte: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.748, Economia - pág. 06)