Viena investe em plantio de florestas de eucalipto

31-01-2012 10:16

A clonagem de árvores de eucalipto é a principal arma da brasileira Viena Siderúrgica para elevar a produção em suas plantações destinadas ao fornecimento de matéria-prima para fabricação de ferro-gusa. O objetivo da companhia é elevar, até 2015, em 53% a produção média anual de madeira por hectare comparada ao desenvolvimento de áreas com plantações convencionais.

Para tanto, são desenvolvidas árvores de alta produtividade, geneticamente idênticas, já testadas e adaptadas às condições ambientais de onde serão plantadas.

Em operação desde 1988, a companhia adotou a técnica há 12 anos e já produz uma média anual de 42 metros cúbicos de madeira por hectare, prevendo chegar a 46 metros cúbicos nos próximos três anos. Em áreas convencionais, a produtividade média anual é de 30 metros cúbicos por hectare. A Viena tem atualmente 43 mil hectares de florestas plantadas, em quatro estados brasileiros. Cerca de 27.500 hectares estão no Maranhão, 13 mil em Minas Gerais, 2.300 em Tocantins e 200 no Pará.

O diretor da Viena, Rodrigo Valladares, disse ao Valor que a empresa investe cerca de 17% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento de clones de eucalipto para reflorestamento. O trabalho de clonagem, desenvolvido por cinco engenheiros e consultores externos, é acompanhado pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente, há 1.200 clones em teste em vários sítios florestais.

Valladares destacou que a técnica tem ajudado a companhia, que exporta 90% de sua produção, a resistir à crise internacional. "Temos controle das fontes de matéria-prima", disse. A produção de ferro-gusa da Viena atingiu 360 mil toneladas em 2011. A companhia, apta a produzir 620 mil toneladas por ano, tem cinco alto-fornos no Maranhão e um em Minas Gerais. Os alto-fornos têm um sistema de injeção de carvão pulverizado, sinterização e mina própria.

"Hoje estamos rodando com quatro alto-fornos no Maranhão e o de Minas está parado. Com este ritmo, prevemos produção de 400 mil toneladas neste ano", disse Valladares. A siderúrgica tem ainda uma termelétrica no Maranhão, com 7,5 MW de potência, que capta o calor dos alto-fornos. "Somos praticamente autossuficientes. Com três fornos operando, consumimos 6 MW e com quatro, 7,5 MW", explicou. Há estudos para nova termelétrica.

Em 2011, a Viena faturou R$ 298 milhões, 27% acima 2010. O investimento total no ano passado somou US$ 30 milhões, dois terços para áreas de plantio. (Fonte: Valor Econômico)

 

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