Vila do Conde quer competir com sistema portuário de SL

16-02-2011 15:10

 

Belém - A Companhia Docas do Pará (CDP) e a Marinha do Brasil, por meio do Serviço de Sinalização Náutica do Norte (SSN-4), desenvolvem estudos em torno de um projeto que poderá triplicar a capacidade de movimentação de cargas do Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena. Se vierem a se confirmar os prognósticos mais favoráveis, o porto paraense poderá se transformar até mesmo em alternativa ao Complexo Portuário de São Luís (CPSL), no Maranhão, para o transporte de minérios produzidos no Pará, inclusive o ferro de Carajás.

De acordo com o jornal Diário do Pará, a diretora de Gestão Portuária da CDP, Socorro Pirâmides, informou que o Porto de Vila do Conde trabalha atualmente com limitação de calado fixado em 12,1 metros, o que permite a operação de navios com capacidade para cerca de 60 mil toneladas. Se a limitação de calado for elevada para 14 metros, a capacidade de carga subirá para 75 mil toneladas. E se, numa perspectiva mais otimista, porém não irreal, o calado subir para 18 metros, o porto passará a permitir a operação de navios com capacidade de até 175 mil toneladas (pós-Panamax).

Estudos - Todas essas variáveis estão sendo contempladas no bojo de um estudo em curso e cuja etapa inicial foi realizada no período de 22 de novembro a 16 de dezembro de 2010. Na ocasião, o navio hidroceanográfico "Ganier Sampaio", da Marinha, sob o comando do capitão de corveta Antonio Santos Siqueira, fez um levantamento hidrográfico do Canal do Quiriri, na foz do rio Pará, desde a sua desembocadura no Atlântico até a altura da Ilha do Mosqueiro.

Equipamentos - Na fase de planejamento, conforme informou o comandante Télio, foram instalados cinco marégrafos em pontos estratégicos - Mosqueiro, Colares, Guarás, Maguari e Soure - todos nas proximidades do Canal do Quiriri, de modo a se obter o máximo de informações de maré na região do levantamento hidrográfico. Marégrafos são equipamentos que registram as variações de maré.

Maranhão - No caso do setor portuário maranhense, investimentos têm sido feitos no sentido de ampliar a capacidade de movimentação de carga. A mineradora Vale anunciou, nesta semana, que pretende investir cerca de US$ 5 bilhões em logística, duplicando a Estrada de Ferro Carajás e construindo mais um píer no Terminal Portuário Ponta da Madeira (TPPM), em São Luís. O sistema vai ampliar a capacidade de carregamentos de cerca de 120 milhões de toneladas para até 230 milhões de toneladas anuais até 2015.

No caso do Porto do Itaqui, os investimentos atuais enfatizam a expansão da estrutura operacional, como a dragagem do cais sul e a a construção do berço 100 e de uma retroárea de 30 mil m². A estrutura vai ter 320 metros de comprimento e 25 metros de largura, o que permitirá a atracação de navios pós-Panamax - que podem carregar até 175 mil toneladas de carga, isto é, o patamar desejado para o Porto de Vila do Conde, no Pará.

 

(Fontes: O ESTADO DO MARANHÃO, Ed. 17.718, Portos – pág. 10)

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