Volta da exportação

26-11-2011 10:13

Vendas externas de produtos semi-industrializados no Maranhão, como ferro-gusa, voltaram a crescer, porém num ritmo lento.

Após a crise de 2008, causada pela bolha imobiliária dos Estados Unidos, a exportação de produtos industrializados, feitos a partir de minérios, voltou a crescer no Maranhão. Porém em ritmo desacelerado, segundo Relatório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Ferro- gusa, alumina e pelota foram o destaque com um volume de mais de 6 milhões de toneladas exportados a partir dos três portos – Alumar, Itaqui e Ponta da Madeiraaté setembro deste ano, o que corresponde a um montante de U$ 1,6 bilhão de dólares movimentados.

Por outro lado, alguns derivados do alumínio, como o alumínio não- ligado e as ligas de alumínio que ocupavam as primeiras colocações do ranking de produtos exportados no Maranhão, amargaram queda de – 21,49% e – 65,36% no montante arrecadado, respectivamente, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Os anos de 2008 e 2009 foram de grandes perdas neste tipo de transação econômica. A quebra da economia mundial em 2008, com reflexos no ano seguinte, levaram a redução no número de negócios com o exterior.

Nesse período, apesar de continuarem encabeçando a lista de exportação no estado, os produtos minerais sofreram uma redução drástica no volume de arrecadação no comércio internacional.

Alguns chegaram a 85% de decréscimo nos números, como é o caso do minério de ferro aglomerado ou pelota, vendendo pouco mais de 847 toneladas em 2009, contra 6,47 milhões de toneladas no ano anterior.

O minério que menos sofreu queda neste período, foi a alumina, que teve variação de crescimento de – 32,63%, comercializando 548.385 toneladas do produto em 2009, rendendo mais de US$ 122 milhões.

Entretanto, apesar de também ter sido maculada com a crise, a exportação de ferro- gusa continuou no topo do ranking com 777.895 toneladas vendidas e US$ 306 milhões arrecadados, porém com uma queda de 62,65% se comparado ao ano de 2008. Perdeu apenas para a exportação de grãos, que chegou a 919 mil toneladas.

Saindo da crise

Já em 2010, o cenário começa a mudar. Com a recuperação da economia mundial depois do crash, no Maranhão a exportação de minérios recupera o fôlego, com destaque para os minérios de ferro aglomerados, ou pelotas, que tiveram variação de 657,62% no montante da receita, gerando US$ 696,3 milhões com um movimento de 91,9 mil toneladas do produto.

Alumina, alumínio não-ligado e ligas de alumínio também tiveram crescimento de 245,37%, 6,39% e 5,49% na arrecadação, respectivamente; o que equivale a US$ 422 milhões, US$ 208 milhões e US$ 68 milhões. Quem teve queda foi o ferro-gusa que decresceu 22,24%, com o equivalente a US$ 238 milhões de receita e 584 mil toneladas exportadas, contra US$ 306 milhões e 777 mil toneladas, no ano anterior.

Neste ano, também surge um produto no cenário das exportações: o ouro. Foi mais de 0,3 toneladas movimentadas, o que equivale a um montante de US$ 15,6 milhões.

Com a instabilidade econômica advinda dos espirros da crise européia, o Maranhão tem sofrido perdas na fatia de participação do comércio exterior em 2011. O crescimento tem desacelerado.

Até setembro, o ferro-gusa, que está na primeira posição da lista dos produtos exportados, movimentou US$ 641,4 milhões, com um aumento de 4,41% em relação ao mesmo período de 2010, ou seja, foram 3,6 milhões de toneladas do produto que saíram do estado.

Todavia, a alumina teve crescimento de 120,67%, resultando em US$ 605,3 milhões contabilizados e 1,7 milhão de toneladas comercializadas. Já o ouro, exportou 0,8 toneladas, com uma receita de 43 milhões, superando o volume exportado em todo o ano de 2010, com uma variação de 63,6%.

Quanto ao alumínio não-ligado e ligas de alumínio, o volume de exportações foi negativo, onde se arrecadou US$ 126,8 milhões e US$ 19,5 milhões, respectivamente, uma perda de 21,49% e 65,36% em relação ao ano anterior. (Fonte: O Imparcial)

 

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